terça-feira, 20 de março de 2012

1° Seminário de política cultural de Jaraguá do Sul

No dia 17 de março ocorreu nas dependências da SCAR o 1° Seminário de política cultural de Jaraguá do Sul. Na ocasião estavam presentes integrantes do Conselho Municipal de Cultura, funcionários da Fundação Cultural e alguns artistas de todas as áreas culturais de Jaraguá do Sul (Artes Cênicas, Audiovisual, Música, Artes Visuais e artesanato, Manifestações Culturais, Patrimônio Histórico Cultural, Literatura e Artes Integradas).

As metas e ações culturais debatidas estavam já elencadas e podem ser conferidas no seguinte link: http://www.jaraguadosul.sc.gov.br/uploads/informativo_2012_conselhos_municipais_cultura_metas_proposta.pdf

Essas metas e ações foram sugeridas e debatidas em 2007 e 2009 (na I e II conferência respectivamente). Agora estávamos em 2012 novamente discutindo as mesmas metas e  de 2007 até agora só o Fundo Municipal de Cultura foi criado.

Participei da oficina de Gestão pública da cultura, a qual possuía 10 metas para serem cumpridas nos próximos anos. No caso as metas não poderiam ser alteradas, somente as ações para atingirmos as metas (a segunda coluna no documento), a execução (terceira coluna) e os prazos para a realização das metas (quarta coluna respectivamente).

Imaginem discutir 10 itens em apenas duas horas e meia.

Só o primeiro item e as ações para a realização do mesmo era assunto para um dia inteiro de debate. E não só debate, mas demonstrações de estudos de localização, custos, planejamento, logística, impacto social, e mais uma série de exemplos comparativos para uso na elaboração de argumentação para provar se realmente é necessária a criação de uma Casa de Cultura.

Um dia antes do Seminário preparei os meus argumentos para as metas que eu não concordava, com o intuito de debater e argumentar com qualidade.

Nem terminei de ler o meu primeiro argumento da primeira ação a ser realizada e já fui gentilmente cortado pela coordenadora da oficina Edilma Lemanhê, que é a atual gerente da SCAR e Conselheira do Fundo Municipal de Cultura.

O relator da oficina era o Loreno Hagedorn, ex-gerente da SCAR, e também membro do Conselho Municipal de Cultura. Tínhamos que terminar de debater (ou simplesmente concordar) com os 10 itens até às 16:30 (detalhe a oficina começou depois das 14 horas).

Segundo a coordenadora se continuássemos nesse nível (tempo, não qualidade) de discussão não terminaríamos todas as metas, para depois aprovarmos na plenária final, junto com os outros participantes das outras oficinas, que seria realizada logo em seguida.

O objetivo de um seminário é a transmissão dos participantes de seus conhecimentos adquiridos, no caso, na área cultural. O que aconteceu no dia 17 não pode ser chamado de seminário, infelizmente.

Fiquei com a impressão que apenas convocaram os artistas locais para juntar assinaturas e dar a sensação de que fizemos algo importante. Quando na verdade apenas perpetuamos uma política cultural ineficiente, uma ação entre amigos que acham que fomentam a cultura jaraguaense.